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Mostrando postagens de agosto, 2020

10 Filmes que não parecem dirigidos por quem os dirigiu

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Sabe quando descobrimos que certo diretor dirigiu certo filme que não tem absolutamente nada em comum com o resto de sua filmografia? E aí soltamos um sonoro “WHAT?” Foi pensando nesses filmes que decidi listar algumas das maiores surpresas que já tive nesse sentido. O Besouro Verde (The Green Hornet, 2011) Dir: Michel Gondry A dupla Seth Rogen e Evan Goldberg já estava se firmando como bons roteiristas de comédia em Superbad: É Hoje (Superbad, 2007) e Segurando as Pontas (Pineapple Express, 2008), quando em 2011 decidiram escrever sua própria versão do Besouro Verde, personagem criado para uma série de rádio (!) na década de 30, mas que transitou em diversas mídias desde então, ficando mais conhecido pela série de TV de 1966-67 , com o astro das artes marciais Bruce Lee interpretando o mordomo Kato. Já é um pouco estranho pensar o porquê da dupla fazer tal decisão, mas o difícil mesmo é entender a escolha do francês Michael Gondry , de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lem...

Chadwick Boseman Forever!

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Detentor de um dos sorrisos mais lindos e contagiantes do cinema, Chadwick Boseman não só foi um dos atores mais talentosos desta nova geração como também se tornou um símbolo de força e representatividade negra na cultura pop, interpretando o Rei de Wakanda T’Challa, o poderoso Pantera Negra do Universo Cinematográfico da Marvel . Mas além disso Chadwick se destacou não só em outros papéis em filmes de ação, mas também em interpretações densas, como em Marshall: Igualdade e Justiça (Marshall, 2017) e em Get on Up (2015), onde encarnou o lendário James Brown. É duro acreditar quando perdemos um talento tão jovem e promissor como foi Chadwick. É difícil pensar em tudo que o ator ainda iria fazer e em todas as vidas, especialmente de pessoas negras, que ainda iria tocar em sua ascendente carreira. Uma perda extremamente precoce como esta nos faz pensar em várias coisas, entre elas nas oportunidades que artistas negros tem na cultura, como ainda são tão escassas no mundo racista que e...

Acquaria - Um grande e desequilibrado passo para o Cinema Brasileiro

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  Acquaria (2003) é uma das poucas e corajosas tentativas de se fazer filmes de aventura e fantasia no Brasil, pelo menos de uma forma mais séria. Podemos dizer que foi o mais perto que nós chegamos de descentralizar o gênero da comédia e pensar em outras formas de fazer filmes com universos de gêneros que estavam em alta naquela época: a fantasia e a ficção científica. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o filme Acquaria , chegava às telonas, exatamente, no dia 12 de dezembro de 2003, com a bilheteria de 893.695 espectadores. Seu orçamento girou em torno de 10 milhões de reais, um recorde para um filme brasileiro até aquela época, em que filmes como Matrix, Senhor dos Anéis, Harry Potter e outros sucessos fantásticos estavam ganhando espaço no coração do grande público. Entretanto, apesar de parecerem bons números, a bilheteria não atingiu a quantidade esperada. A crítica não foi convencida simplesmente pelo grande orçamento, pela presença de um bom elenco ou pelo tra...

Magos – Uma viagem ao passado

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Os Contos de Arcadia tem sido uma longa jornada que se iniciou em 2016 com Caçadores de Trolls: Contos de Arcadia (Trollhunters: Tales of Arcadia, 2016 -2018), passou por Os 3 Lá Embaixo: Contos de Arcadia (3Below: Tales of Arcadia, 2018 – 2019) e finalmente chegamos à terceira e última série da trilogia, Magos: Contos de Arcadia (Wizards: Tales of Arcadia, 2020 -) que acabou (spoiler!) não sendo o final de tudo, este vai acontecer, ao que tudo indica, com o filme previsto para o ano que vem Trollhunters: Rise of The Titans , algo como Caçadores de Trolls: A Ascensão dos Titãs , em tradução livre . Agora vamos acompanhar Hisirdoux, ou Douxie para os íntimos, que até então era apenas um garçom que fazia aparições especiais nas outras séries e flertava um pouco com a Clara, mas que claramente escondia algum segredo. Douxie é um mago/feiticeiro, aprendiz de Merlin, que vinha estudando por conta própria junto com seu familiar, Archie, há 900 anos, já que seu mestre passou um tempo desa...

A Química que Há Entre Nós - Um conto melancólico sobre amadurecimento

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Você sabe o que é o amor? Não sabe, nem eu sei – ou sabemos? Falar disso causa aquela sensação de algo predestinado à todos, basta a mágica para fazer a coisa acontecer. É pensar que não é como se fosse uma escolha de querer ou não dirigir algum dia, e sim que há vaga reservada para tal experimentação. Em sua segunda aposta num longa-metragem, Richard Tanne vem com A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts, 2020) para falar de primeiros amores e segundas chances, ensaiando em um diálogo melancólico que poderia ir mais fundo. Aplicando-se no velho clichê de adolescentes sem nenhum grandiosíssimo caso vivido, temos Henry Page (Austin Abrams), atado em elementos essenciais que faz dele um jovem de 17 anos bem sucedido: bons amigos, lar e pais harmoniosos, e finalmente conseguiu o almejado cargo de escritor no jornal colegial, mas pera, falta se apaixonar, falta o amor… e chega Grace Town (Lili Reinhart), a excêntrica garota convidada a participar também do jornal, e ele log...

RESENHA | A Química Que Há Entre Nós, de Krystal Sutherland

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Ler o título desse livro nos faz esperar uma história típica de como o amor deve ser — e tem um jeito certo? — ou da forma especial que acontece. Nessas horas, há os inúmeros clichês que caracterizam o núcleo, ao menos, aquilo que ouvimos Sandy & Júnior cantar “ olha o que o amor te faz, te deixa sem saber como agir “, e também, Fábio Júnior na sentimental Alma Gêmea . Embarcar em obras literárias ou nas diversas comédias cinematográficas, induzia a sensação de que o chamado arrebatador do amor, tudo sofria, suportava e vencia com um final feliz – exceto para Romeu e Julieta. Em seu trabalho de estreia, A Química que Há Entre Nós , a australiana Krystal Sutherland veio pronta para contrariar essa bagagem romântica num debute intenso de acertos e erros. Publicado em 2017, a autora nos apresentou Henry Page, tímido adolescente do ensino médio que nunca viveu uma grande aventura e tampouco se apaixonou, até conhecer a estranha e interessante Grace Town. Descrevendo ...

Rede de Ódio e a falsa dualidade da polarização política

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As redes sociais chegaram com a promessa de conectar grupos sociais e democratizar o acesso ao conhecimento. E, de fato, isso aconteceu. Porém, quando falamos de comportamento humano nós erroneamente pensamos em algo racional, quando na verdade somos guiados pela emoção e fé, já que, o ser humano é um animal social que busca pertencimento de grupo e constantemente se compara com os outros para validar suas ações. Então, essa almejada conexão e acesso contribuiu para transformar as mídias sociais em um ambiente onde a pós verdade impera. Assim, na interação online os fatos e dados objetivos tem menos influência na opinião pública do que apelos a emoções e crenças pessoais.  Com isso, o ambiente online tornou-se ideal para fomentar fake news e teorias da conspiração. No começo, isso se restringia a fóruns de internet e grupos fechados, atualmente, essa técnica está tão avançada que afeta o futuro de nações inteiras, como o Brexit, o plebiscito para a independência da Catalunha e a eleiçã...

The 100 - 7x12: The Stranger

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Está estranho mesmo. Está chato, repetitivo, arrastado, sem gás. No decorrer da temporada passada, o criador Jason Rothenberg falava o quanto a trama exigia de Eliza Taylor e o trabalho incrível que ela fez. Não sabíamos no momento, mas ver Clarke na dualidade de personas sendo ela mesma e reproduzindo os traços de Josephine (Sara Thompson), só reafirmou a importância da personagem e ousadia de Taylor. Talvez, a sua entrega (em um dos maiores focos que recebeu) tenha sido a desculpa para o distanciamento nesta fase atual da série. Se pararmos um pouco, de tantas idas e vindas, faz tempo que não vimos o mote dos personagens que conhecemos: as atitudes, personalidade, envolvimento. Apesar de que finalmente The Stranger tenha apontado para um avanço, é inegável a forma estagnada que a trama vem tocando, contudo, não há dúvida do quanto The 100 (2014-) precisa de sua protagonista. Para quem ainda tinha esperança de que Bellamy estaria na velha jogada da narrativa de fingir ser um bardan...