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Mostrando postagens com o rótulo Racismo

Cabeça de Nêgo - Só Mais Um Plano Sequência #take89

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No Só Mais Um Plano Sequência dessa semana Elvio Franklin e  Mylla Fox conversam com Déo Cardoso sobre seu filme, Cabeça de Nêgo (2020). Como falar de questões como racismo, precarização da educação e corrupção do sistema sem se utilizar de uma didática panfletária? Quais as dificuldades de se fazer cinema independente no Brasil de hoje? Ainda é possível dialogar ou promover um debate tranquilo nesse país que vivemos? Se arme com seu livro da Angela Davis, não abra pra racista, e vem bater esse papo rocheda com a gente. Siga as redes sociais de Cabeça de Nêgo aqui . Leia também nossa crítica sobre o filme aqui . Músicas tocadas neste episódio: Down and out in New York City – (Black Caesar, 1973 – OST) – James Brown Onde Há Fogo Há Fumaça – Nego Gallo Link mencionado: Curta-metragem “Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno” – assista aqui || ASSINE O SÓ MAIS UM PLANO SEQUÊNCIA Spotify:  Siga o Só Mais Um Plano Sequência Google Podca...

Afronta! - Diálogos e personalidades necessárias

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Em 2020 uma importante série documental entrou no catálogo da Netflix , Afronta! (2017). A obra discute, entre outras coisas, o afrofuturismo como movimento estético e filosófico, e é assinada pela cineasta Juliana Vicente . Fugindo de uma ideia já obsoleta, de uma cultura majoritariamente branca, o seriado conta com vários artistas negros de múltiplas áreas falando sobre suas histórias e perspectivas. Um dos maiores objetivos da série é trazer em conta a perspectiva destes artistas, cada um com um episódio de dez a quinze minutos, e sua relação tanto com a arte como com o afrofuturismo . O termo foi criado por Mark Dery em 1993 e explorado no final da década de 1990 por conversas lideradas por Alondra Nelson. Não busco aqui trazer um texto didático sobre afrofuturismo, mas sim falar da forma única como o seriado de Juliana Vicente consegue trazer a conversa sobre este conceito de múltiplas formas dentro da realidade de vida – tanto pessoal quanto artística – destas pessoas...

Lovecraft Country - Uma ponte para o futuro, mantendo um pé no passado

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“ Ficções são como pessoas. Amá-las não as torna perfeitas. Você se apega a elas e tenta ignorar os defeitos ”  Atticus Freeman Separar o autor da obra é um processo incômodo, porém necessário. Quando lemos qualquer tipo de literatura, nós entramos em contato com as ideias e as vivências de determinado autor. Isso cria uma falsa sensação de que se nós gostamos da história desse livro, nós gostamos de quem a escreveu, afinal, tudo que acabamos de consumir veio da mente daquela pessoa. Isso é muito marcante especialmente em obras de ficção, já que existe todo um universo fantástico, com diversos personagens para você se identificar e criar empatia. H.P.Lovecraft foi um escritor do século 20 conhecido pelo seu trabalho no gênero de terror. Sua escrita tem como base o horror cósmico, um tipo de terror indescritível, profundo, incongruente, complexo e tão absurdo que não pode ser compreendido pela mente humana, tendo a loucura como único resultado para aqueles que se arriscam. E...

Luta por Justiça - Culpado, até que se prove o contrário

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Os EUA ocupam a primeira posição no ranking de países com a maior população carcerária do mundo. Sendo que 40% dos presos são negros, mesmo que a população preta só seja de aproximadamente 12% dos cidadãos norte americanos. Em 1865, entrou em vigor a 13ª emenda, esta que previu a inconstitucionalidade da escravidão. Entretanto, apesar de extremamente importante, essa emenda é repleta de brechas, permitindo o trabalho forçado e a relativização dos maus tratos ao réu devidamente condenado, assim, transformando os pretos de escravos a criminosos. Como a escravidão era o sistema econômico vigente na época e depois da sua abolição não ocorreu nenhum tipo de reparação histórica e inserção do negro à sociedade, esse grupo racial começou a ocupar as favelas e as periferias dos centros urbanos. O encarceramento tornou-se a tática perfeita para continuar atendendo aos interesses econômicos da elite, já que nos EUA, naquela época, afrodescendentes podiam ser presos por crimes como vadiagem, por e...