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The 100 - 7x11: Etherea

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Cada vez mais próximo do fim, a pergunta volta a surgir: com o que estamos lidando? Para uma série que tem durado seis anos, é consequência lógica dos seus méritos, mas é inegável como a sétima temporada de The 100 (2014-) tem sido estranha – não tão inconsistente como a quarta – pelo rumo narrativo optado. Etherea não foi  um episódio ruim, mas irregular, contudo, com outra amostra do que o show consegue explorar através da criatividade, e também, a safra de discussões que a história levanta. Porém, ainda deixa a sensação duvidosa de “para onde estamos indo?”. Como tudo fará sentido sem atropelar o próprio desenvolvimento, e por fim eliminar o sabor agridoce do fim? Pelos passos do pastor. É essa atribuição definitiva que o décimo primeiro episódio pôde transmitir. De tantos enredos e sacadas, o cânone aqui foi uma dos mais diferenciados do show, e não só em termos narrativos, mas também a respeito da fotografia, ambientação e ritmo encontrado sem parecer supr...

Big Little Lies - Foi além da fórmula e consolidou sua importância

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Vida perfeita, mentira perfeita. Ornamentada com grandes casas, casamentos exemplares, o que mais poderia ter? Com uma abertura contagiante, um tom cínico, cômico e misterioso, Big Little Lies (2017-2019) nos apresentou o universo de maternidade e rivalidade, que tangem o trio de protagonistas residentes da categórica comunidade de Monterey, Califórnia. Se por um lado Madeline (Reese Witherspoon) era conhecida pela personalidade esnobe que não aceitava levar desaforo para casa, Celeste (Nicole Kidman), invejável pelo cônjuge e família, ter a novata Jane (Shailene Woodley) em busca de se restabelecer ao lado do filho Ziggy (Iain Armitage), e as fagulhas de picuinhas Renata (Laura Dern) e Bonnie (Zoë Kravitz), a atração da HBO – adaptação do livro Pequenas Grandes Mentiras escrito por Liane Moriarty -, estava disposta a mostrar bem mais do que um trivial retrato feminino ostentado luxo – afinal, o cartaz principal focava nos olhares suspeitos do tripé, enquanto cortava sua...

The 100 - 7x09: The Flock

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Seguindo a  onda de erros e acertos da temporada,  eis que não podemos mais contar com sequências de episódios bem bolados em The 100 (2014 -), o mais importante é esperarmos que façam valer todas as respostas. Agora, falta menos que a metade para o fim, e o roteiro escrito por Alyssa Clark , atribuiu a The Flock apontar algo mais contido para a leva final da temporada, contudo, ainda amarrada aos tropeços que põem em risco a qualidade e potencial da série. Seria esse o preço das expectativas? Novamente dividindo a narrativa entre Bardo e Sanctum, o maior trunfo ficou pelo que o planeta pastoral nos introduziu. Nos segundos finais do fabuloso Anaconda (7×08) , fomos surpreendidos com a imagem de que Echo, Diyoza (Ivana Milicevic) e Octavia (Marie Avgeropoulos) se tornaram Discípulas – onde estava Hope (Shelby Flannery)? Voltando três meses antes que Clarke (Eliza Taylor) chegasse lá (esse foi o tempo que elas eram treinadas e Gabriel prestava seu conhecimento sobre a pedra...

The 100 - 7x08: Anaconda

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É isso que é The 100 (2014 -). Ou é melhor, é o que a série sabe ser. Se até semana passada a irregularidade da temporada estava inegável, aqui, no 7×08 , fomos arrebatados por um dos melhores momentos de todo esse legado televisivo que acompanhamos por seis anos. A sensação de quando a produção utiliza o potencial que tem, é de tirar o chapéu. O calor não se compara; empolga e nos deixa vidrados por fazer parte. Sem dúvidas, Anaconda chegou ao fim imperando um gostinho de querer mais.  O vislumbre do que seria a junção das peças aqui, foi mostrado no polêmico Thirteen (3×07), aquele em que nos despedimos de uma personagem inesquecível: Lexa (Alycia Debnam-Carey). Apesar de ter sido uma fase de crescimento da mitologia, o episódio possibilitou a movimentada discussão que denunciou outras várias séries que matavam personagens LGBTQ+ e negros, assim perdendo o apreço do público (vide a avaliação da temporada no site IMDB), tal capítulo foi responsável pela narrativa sagaz de ...

Little Fires Everywhere - As rachaduras em nossas raízes

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Existe um lugar perfeito ou criamos nosso lugar perfeito? Ou talvez já estejamos tão acomodados que pensamos não ter nada a mudar? Se há um lugar idôneo pode muito bem ser Shaker Heights, Ohio, cidade tão bem bolada, nas casas, suas cores, a grama, que complementa a socialite Elena (Reese Witherspoon). Casada com Bill (Joshua Jackson), jornalista e mãe de quatro filhos, a sra. Richardson tem seu universo influenciado com a chegada da enigmática artista e solteira Mia Warren (Kerry Washington) e a filha adolescente Pearl (Lexi Underwood). Em tempos que estamos cada vez mais carentes de nos tornamos conscientes, o drama social Little Fires Everywhere (2020) faz um convite à reflexão ao compor sua narrativa com a leitura dos personagens que rodeiam realidades tão diferentes. Um incêndio pode começar de diversas formas, mas a faísca aqui, até tomar todas as partes, vem de Elena. No seu contexto de perfeição, ter uma carreira profissional, o filho Trip (Jordan Elsass) como atleta, o doce ...

The 100 - 7x06: Nakara

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Já estamos quase na metade da temporada final de The 100 (2014 -) e através do 7×06 , é possível afirmar que tem sido uma gangorra de emoções. E no episódio desta semana, houve um desequilíbrio nas duas pontas do balanço: os elementos que influenciaram um lado subir, e neste, a sensação de estar no alto contemplando o que ainda tinha de bom para se aproveitar foi satisfatório, porém, na outra parte, tinha o peso que precisava impulsionar a subida, mas que ao mesmo tempo não tinha seu propósito para se mostrar. Em suma, um permaneceu no alto, e o segundo no ponto morto. Vamos então para a parte chata. Na verdade, decepcionante. Na review anterior apontei que após Octavia (Marie Avgeropoulos) ter tido muitas de suas questões alinhadas na narrativa, ainda faltava Diyoza (Ivana Milicevic), vermos o que ela passou ao ser levada também para Bardo, assim como Hope (Shelby Flannery) ao ir contra os princípios que aprendeu no intuito de resgatar sua mãe. Bem, exprimindo o tempo de tortura...

The 100 - 7x05: Welcome to Bardo

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Uma curiosidade acerca desta temporada de The 100 (2014 -) é como ela tem conseguido reafirmar a qualidade do show. De alguma maneira, ao terminar o 7×05 , a sensação é como quando assistimos o amadurecimento da série na segunda temporada, depois, quando também fomos anestesiados pela ampliação da mitologia no ano seguinte: as peças finais estão se encaixando. O título do episódio nos cumprimenta com o seu Welcome to Bardo (bem-vindo a Bardo), por ser a primeira vez que conheceremos o lugar que tem sido mencionado, porém, a grande sacada por trás do roteiro de Drew Lindo é por finalmente encerrar as dúvidas das idas e vindas de Octavia (Marie Avgeropoulos) na Anomalia e a participação de Hope (Shelby Flannery) nesse mistério, além do excelente equilíbrio que a direção de Ian Samoil construiu ao conduzir a trama dividindo os eventos em Sanctum e Bardo. Enquanto no planeta Alfa se passavam algumas horas, a estadia de Octavia em Bardo se resumiu em 45 dias de tortura, a possível p...

The 100 - 7x04: Hesperides

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É incrível a sensação de que apenas um bom episódio em The 100 (2014 -) pode ser compensador, ainda mais em relação ao capítulo anterior, que diminuiu o gás. E tudo o que não vimos lá foi achado aqui no 7×04 , repleto de informações bem amarradas para nos familiarizar acerca da trama misteriosa. De maneira bem dinâmica, Hesperides conseguiu trabalhar com três núcleos. O primeiro foi o mais breve e disposto a terminar o arco da fase de Hope ainda com 10 anos (Nevis Unipan), mas ao mesmo tempo, o arco pôde trazer o vislumbre do porquê Dev (Kamran Fulleylove) — um dos defuntos achado no episódio 2 — era tão importante na vida da moça. Depois que Diyoza (Ivana Miličević) e Octavia (Marie Avgeropoulos) foram levadas para Bardo, Dev foi um prisioneiro deixado no lugar, o que ele não contava era encontrar a pequena garota habitando na casa onde deveria ficar, assim, nasceu uma amizade e um propósito maior: treinar Hope, e na noite que ele completasse sua pena, ela poderia usar a ponte d...

Good Girls: 3ª Temporada - Conseguiu estragar o que estava bom

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Parece combinado, mas já se tornou convincentemente um efeito comum entre as séries o que a terceira temporada consegue entregar. É como se fosse o momento do ápice, o encontro elaborado de criatividade e expansão do que a atração vem entregando, aumentando assim o gosto da audiência. Depois da season finale da segunda temporada de Good Girls (2018 -), foi mais do que esperado que a terceira temporada da série criada por Jenna Bans elevaria a qualidade com mais desenvoltura, porém, nessa onda de expectativas versus o melhor ano que uma série pode ter, foi feita a pior escolha: estragar o que estava bom. Recapitulando, a dramédia da NBC caiu no boca a boca ao ser comparada como uma mistura de Breaking Bad (2008 – 2013), Thelma & Louise (1991) e Big Little Lies (2017 -). O que as três produções têm em comum com Good Girls é por flutuar sobre a trama de quando pessoas boas, normais, abraçam um lado que desconheciam para lidar com questões embaraçosas de suas vidas. Para as ...