Rodson ou (Onde O Sol Não Tem Dó) - Uma fritada distópica
O ano é 3000. Rodson encontra no lixo um deteriorado robô, o adotando pelo nome de Caleb. Fugindo da repressão dos pais, a dupla segue estrada onde transforma as cidades de Fortaleza e Pacajus numa louca e psicodélica realidade. Inspirado num fanzine de nome “Onde O Sol do Icó Não Tem Dó” , o filme cearense abraça, desde os seus créditos iniciais, um conceito retrô-futurista, informando que, com o avanço dos anos, muitas coisas não progrediram. Para isso, ele toma emprestado uma série de estéticas como anos 90-2000 com aquelas cores, distorções, fontes do Word Art, com a sensação de que por onde a história discorre os parafusos da loucura vão caindo pelo caminho. Rodson e Caleb cumprem as funções de uma boa paródia: satirizar os filmes estadunidenses de ficção científica que exaltam a robótica como também critica as formas como as sociedades atuais encaram a saúde mental, as relações homoafetivas, os artistas, o capitalismo entre outros. Sempre apostando no tosco e brutesco. Sua câmera...