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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

The Queen's Gambit - O que você seria capaz de sacrificar?

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Protagonizada por Anya Taylor-Joy ,  a mesma atriz de A Bruxa (The Witch, 2015) e Fragmentado (Split, 2016), O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit, 2020) bateu todos os recordes de audiência no serviço de streaming Netflix . A série é inspirada em um livro de mesmo nome publicado pelo autor norte-americano Walter Tevis em 1983, um ano antes de sua morte, aos 56 anos. Na história, acompanhamos a jornada de Beth Harmon, uma menina órfã que se revelou um prodígio no xadrez e quer se tornar a melhor do mundo, embora tenha de lidar, simultaneamente, com um vício que adquiriu enquanto estava no orfanato onde cresceu, e mais a frente com o abuso de álcool. Entre êxitos e revezes, tanto nos jogos como na vida pessoal, nossa protagonista se lança em direção a uma meta: ir até a Rússia enfrentar o campeão mundial de xadrez, o intimidador mestre Vasily Borgov (Marcin Dorocinski) que, assim como Harmon, é um personagem fictício – neste caso, comparado com Boris Spassky É interessan...

Dario Marianelli e o romance de Orgulho & Preconceito - Janela Sonora #08

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No oitavo episódio do Janela Sonora, Louise Alves ( @louisemtm ) e a convidada Katiucha Barcelos ( @Katiucha ) falam sobre a trilha sonora de Orgulho & Preconceito (Pride & Prejudice, 2005), composta por Dario Marianelli . Quais são as influências clássicas? Como ele constrói o romance através da trilha? Existe limite para quantidade de vezes que devemos rever esse filme perfeito? Aperte o play e descubra! O jeito certo de ouvir Dawn – ouça aqui Sonatas de Beethoven – ouça aqui  Músicas tocadas no episódio – ouça aqui  Playlist fixa no Spotify – ouça aqui  || ASSINE O JANELA SONORA Spotify:  Siga o Janela Sonora Google Podcasts:  Inscreva-se para receber o feed!  iTunes :  Usa os produtos da Apple? Ouça por aqui Pocket Casts :  ouça no melhor agregador de podcasts! Problemas em encontrar o podcast?  Copie o FEED e cole no seu agregador preferido

Nomadland – Uma jornada rumo ao inóspito desconhecido

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Nômades são pessoas que não possuem residência fixa. Esses indivíduos que mudam constantemente de um lugar para o outro acabam tendo uma vida bastante isolada do resto da população comum que ocupa de forma fixa o meio rural e urbano. Esse estilo de vida é algo comum nos EUA, principalmente no Meio Oeste, onde as pessoas tendem a obter trailers e vans para partirem em jornadas desbravando terras desconhecidas, fazendo da estrada seu próprio lar. É peculiar que após o comovente e ótimo Domando o Destino (The Rider, 2017), a diretora e escritora Chloe Zhao tenha escolhido exatamente contar a história deste povo, trazendo uma narrativa que percorre vários lugares e traz um retrato duro e triste de um EUA pouco mostrado em tela.  A narrativa de Nomadland (2020) não tem nada muito elaborado, tudo aqui na verdade é muito simples, diga-se de passagem, mas é na força de sua história que o longa se mostra um drama forte e marcante. O filme conta a história de uma mulher, Fern (Frances McDorma...

Culpa - Se você não resolver, ninguém mais vai (?)

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Não é nova a ideia de um filme onde toda a ação é levada por ligações telefônicas. Um dos primeiros no estilo que me lembro e que me deixou bem impressionado foi Por Um Fio (Phone Booth, 2002), de Joel Schumacher , estrelado por Colin Farrell . Um homem que é mantido refém após atender uma ligação em uma cabine telefônica aleatória em uma rua super movimentada de Nova York. Premissa ótima e minimalismo no ponto, do jeito que eu gosto. Mas posso pensar em outros na mesma linha como Controle Absoluto (Eagle Eye, 2008); o excelente Locke (2013) e mais recentemente um curta belga que concorreu ao Oscar na categoria de melhor curta ficção em 2020, chamado Uma Irmã (Une Soeur, 2018). Então, o que tem de tão diferente no longa dinamarquês Culpa (Den Skyldige, 2018), dirigido e roteirizado por Gustav Möller ? Na verdade o filme segue a mesma linha especialmente dos dois últimos que mencionei acima. Um policial é afastado das patrulhas e colocado para o serviço emergencial de atendimento p...

O Tigre Branco - Só Mais Um Plano Sequência #take62

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Quando reconhece o que é belo neste mundo, você deixa de ser escravo. No Só Mais Um Plano Sequência dessa semana Elvio Franklin conversa com Marcela Marvel e Jotapê Bernardes sobre o novo filme da Netflix O Tigre Branco (The White Tiger, 2020), dirigido por Ramin Bahrani e baseado no livro homônimo de Aravind Adiga . Então vista seu uniforme, tire o pó daquele tapete, não coce as “partes” em público e vem bater esse papo maravilhoso com a gente. Leia também nossa resenha sobre o filme aqui . Músicas tocadas neste episódio: Beware Of The Boys (The White Tiger OST) – Panjabi MC Ft. Jay-Z Feel Good Inc. – Gorillaz || ASSINE O SÓ MAIS UM PLANO SEQUÊNCIA Spotify:  Siga o Só Mais Um Plano Sequência Google Podcasts:  Inscreva-se para receber o feed!  iTunes :  Usa os produtos da Apple? Ouça por aqui Pocket Casts :  ouça no melhor agregador de podcasts! Problemas em encontrar o podcast?  Copie o FEED e cole no seu agregador preferido

Malcolm & Marie – Uma briga de egos ou alguém tem razão?

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Uma noite de estreia para um cineasta no início da carreira. Um motivo de comemoração. Uma música dançante, bebida e macarrão com queijo, preparado pela namorada. Madrugada. De repente, ela começa uma discussão. Algo relacionado ao evento em que estavam, ao filme, à equipe do filme, ao elenco, não sabemos. Marie (Zendaya) vai falando e vamos construindo a cena em nossa cabeça. Cada acontecimento da noite que a incomodou. E estamos com ela até que Malcolm (John David Washington) se posiciona. E ficamos atentos. Ficamos divididos entre os dois. Cada palavra importa. Cada olhar ou desviar de olhar, cada pequeno sorriso ou respiração mais funda. É nos pequenos gestos que está o convencimento para nós espectadores, de que aquilo é real.  O filme – Malcom & Marie (2021) escrito e dirigido por Sam Levinson (criador da série Euphoria , 2019) todo é uma grande discussão entre o casal. E não é uma discussão chata. Não no sentido de ser vazia, pelo menos. Toda a discussão ou os momento...

Acampamento Jurássico: 2° Temporada – A volta dos que nem foram

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Já faz um tempinho desde que o acordo Netflix e Universal para fazer uma animação baseado no mundo de “Jurassic World” ganhou vida e se tornou um pequeno fenômeno dentro do streaming da própria Netflix, levando novos e velhos fãs da franquia Jurassic Park a loucura com as aventuras de Darius e sua turma na ilha Nublar no delicioso Jurassic World: Acampamento Jurássico (Jurassic World: Camp Cretaceous, 2020 -). Em uma primeira temporada que misturava mistério, ação, aventura e boas reviravoltas, marcando seu espaço nesse universo tão fantástico recheado de dinossauros e perigos, e que deixou diversos ganchos para ter uma continuação, principalmente porque as seis crianças ficaram presas na ilha ao final da temporada, gerando todo tipo de expectativa de como sobreviveriam num lugar tão ameaçador.  Eis que cinco meses após a estreia da primeira temporada, fomos agraciados no dia 22 de janeiro com o segundo ano de Acampamento Jurássico , com mais oito episódios de pura tensão e surpre...

#12 - Falando Série, veja Pose

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Na Nova York dos anos 80 e 90 pessoas LGBTQIA+ são acolhidas por novas “casas” e vivem o mundo dos bailes e salões em disputas super acirradas envolvendo performances e figurinos incríveis. No Falando Série dessa semana Virgínia Macedo e Pedro Philippe tentam convencer Elvio Franklin a ver Pose (2018 -), série do Canal FX , criada por Steven Canals ,  Brad Falchuk e  Ryan Murphy . Leia nossas resenhas sobre a primeira e sobre a segunda temporadas de pose aqui e aqui . || ASSINE O FALANDO SÉRIE Spotify:  Siga o Falando Série Google Podcasts:  Inscreva-se para receber o feed!  iTunes :  Usa os produtos da Apple? Ouça por aqui Pocket Casts :  ouça no melhor agregador de podcasts! Problemas em encontrar o podcast?  Copie o FEED e cole no seu agregador preferido

Cidade Invisível – A valorização do Panteão Nacional

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Cidade Invisível (2021), a série nacional que estreou na Netflix dia 5 de fevereiro , já é a mais vista no Brasil e está entre o top 10 em mais de quarenta países, segundo dados da própria plataforma de streaming. Criada por Carlos Saldanha , diretor de  A Era do Gelo (Ice Age, 2002), Rio (2011), Rio 2 (2014) e O Touro Ferdinando (Ferdinand, 2017), o enredo é baseado na história desenvolvida pelos roteiristas e autores de best-sellers Raphael Draccon e Carolina Munhóz . A trama foca em estabelecer uma conexão entre a morte da esposa de um detetive, e o folclore nacional.  Passado os dados técnicos sobre essa obra, torna-se inevitável o frisson que sentimos ao falar, recomendar ou sentir orgulho dessa produção nacional. Mas, evitando maiores emoções para fazer uma resenha, consigo agora, com mais clareza, identificar o que nos torna empáticos e tocados por essa série. A premissa gira em torno de Eric (Marco Pigossi), um detetive de polícia ambiental que investiga a morte de sua m...

O Tigre Branco – A batalha entre a servidão e liberdade

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O Tigre Branco (The White Tiger, 2021) é uma produção indiana que vem recebendo muitos elogios da crítica especializada desde sua estreia em de janeiro (22) na Netflix . O filme indiano falado em inglês foi realizado por Ramin Bahrani , cineasta que já fez alguns filmes nos EUA como: A Qualquer Preço (At Any Price, 2012), 99 Casas (99 Homes, 2014) e Fahrenheit 451 (2018), e trata-se de uma adaptação do best seller com o mesmo título, de Aravind Adiga , editado em 2008. Há quem queira buscar semelhanças em Quem Quer Ser Milionário? (Slumdog Millionaire, 2008), o famoso filme de Danny Boyle que também retrata a ascensão na vida — e na sociedade indiana — de um pobre rapaz, entretanto, O Tigre Branco oferece uma perspectiva bastante mais realista e complexa, distanciando-se de um lado fantasioso do filme que lançou a carreira de Dev Patel. O grande protagonista é Balram Halwai (Adarsh Gourav), e é a sua vida que acompanhamos ao longo de pouco mais de duas horas de filme. Vemos entã...

His Dark Materials: Fronteiras do Universo – 2×06: Malice

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No penúltimo episódio da temporada, nos deparamos com um que, apesar de ter muitos momentos e informações importantes, deixou destacados os pontos fracos da série, como se negar a mostrar a violência que a obra de Phillip Pullman retrata para manter uma classificação indicativa mais baixa e tirar das feiticeiras descobertas e conhecimentos. Até agora, mesmo com ótimos momentos, esse episódio foi o pior (ou o “menos melhor”) da temporada para mim.  Jamie Childs, que dirigiu os dois primeiros episódios desta temporada, retorna agora para dirigir os dois últimos, assim como fez na primeira. Jack Thorne volta para o roteiro, dessa vez em parceria com Lydia Adetunji , que escreveu alguns episódios de A Cor do Poder (Noughts + Crosses, 2020-), nova aquisição do Globoplay e que temos texto sobre bem aqui . Muito terreno precisa ser preparado para o season finale e o episódio faz isso bem, com todos os personagens agora em Citagazze. Mas já é possível perceber que a falta do oitavo episó...